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CÂMARA EXTERNA - ROSACRUZ

sábado, 31 de maio de 2014

CONHECIMENTO ROSACRUZ - semanal - 4

PARE! LEIA! REFLITA!.

MISTICISMO E RELIGIÃO 
                                                                       Sergio Carlos Covello, FRC
        É preciso não confundir misticismo com religião. Embora essas palavras evoquem o sagrado e o divino, religião designa tradicionalmente um conjunto de crenças, dogmas, costumes, normas e ritos de certa comunidade que adora um mesmo Deus. As religiões têm em geral um fundador, um ou mais líderes, escrituras sagradas e templos para o culto público. Organizam-se e hierarquizam-se para propagar a fé e conquistar adeptos. Com sua doutrina sobre a origem do mundo e do homem, o sentido da vida, o sofrimento e a morte e suas práticas litúrgicas, as religiões exercem poderosa influência sobre a conduta de seus seguidores e têm produzido místicos notáveis.

            O místico, todavia, não surge sempre de uma religião. Há místicos que não são religiosos, e religiosos que não são místicos, apesar de exercerem até a liderança religiosa.

A experiência mística não depende de organização ou hierarquia, nem templos materiais, nem escrituras sagradas, porque é uma percepção imediata do divino, uma atitude interior. Muitas vezes o místico se indispõe com a religião a que pertence ou encontra sérias dificuldades dentro dela por causa de sua conduta mística, que extrapola os costumes de sua comunidade. São Francisco de Assis e São João da Cruz são bons exemplos disso.

O místico entra quando quer no santuário de sua alma, onde encontra a Divindade. Ser místico é viver profundamente a realidade divina dentro de si. Tal vivência é transformadora, porque a união com o divino faz com que o homem materializado pelas ilusões do mundo se transforme em homem espiritual.

            Erro é supor que a experiência mística requer a fuga do mundo. Quando o indivíduo vive sua realidade divina, liberta-se do apego às coisas exteriores que o mundo oferece (lucros e perdas, prazeres e tristezas, honra e difamação), porque passa a desfrutar da felicidade interior que, por ser plena, dispensa os prazeres ilusórios e transitórios. Contudo, seu estado de bem-aventurança, longe de o isolar de seus semelhantes, faz com que se relacione melhor com todos os seres, sendo compreensivo, paciente, compassivo, magnânimo, generoso, caritativo e pacífico, qualidades típicas do altruísta. 


A VISÃO MÍSTICA DA VIDA

                                                                                             Fred Flanagan, F.R.C. 

         Geralmente o intelecto, ou mente racional, é considerado o mais elevado nível de consciência humana. Porém, misticamente considera-se que há níveis muito superiores ao intelecto, que é limitado em sua função.

        O modo místico de solucionar os problemas da vida consiste em empregar a mente racional até o seu limite e, em seguida, transferir o assunto para o Eu Interior. Este, misticamente falando, é a essência do homem.

        O Eu Interior manifesta-se no mundo material por meio do organismo humano. Ele é o Ser real do homem, integrando o aspecto divino da existência humana. Nesse sentido, os aspectos físico e espiritual constituem duas realidades operando em harmoniosa correspondência.

       Na vida cotidiana todas as pessoas revelam a sua personalidade individual. Porém, esta personalidade não é a imagem perfeita da alma justamente porque se manifesta por meio da consciência objetiva. A tarefa do Eu Interior é levar esta consciência objetiva a ser um reflexo do Ser Interior.

            A “voz” do Eu Interior, que pode ser muito forte, mas pode também ser muito sutil, é, por vezes, dificilmente “ouvida” por certas pessoas, que ficam privadas de sua valiosa orientação e sabedoria. Aprender a ouvir o Eu Interior é uma das práticas a que os místicos de todas as épocas sempre se dedicaram.

A FORÇA VITAL

                                                  Cecil A. Poole, F.R.C.

        O homem, por meio da Biologia, tem se preocupado com a conservação da vida no corpo, esforçando-se em tornar possível o alívio da dor e a erradicação da doença. É absolutamente necessário, contudo, analisar a força que faz com que o mecanismo vivo funcione.

          O bem-estar do ser humano repousa em dois campos diferentes: um que trata objetivamente de um conjunto físico; outro que trata subjetivamente de uma força extrafísica.

        O primeiro passo para que o homem possa compreender melhor a sua própria natureza é fazer uma análise do organismo biológico com uma unidade. O corpo é um acessório da vida; um acessório físico que se torna um canal, por meio do qual opera uma essência básica e sutil chamada força vital. É ela que dá origem a todas as coisas vivas e está infusa em todo o universo. Essa energia entra no corpo na ocasião de nosso nascimento.

        Dispensando a devida atenção a essa força, existente em nós, poderemos compreender melhor a sua origem e , assim, entender o significado e mistério da existência!


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