Por - Rupert Sheldrake
O macaco japonês Fuskata vinha sendo observado há mais de trinta
anos em estado natural.
Em 1952, os cientistas jogaram batatas-doces cruas nas praias da ilha de
Kochima para os macacos. Eles apreciaram o sabor das batatas-doces, mas
acharam desagradável o sabor da areia.
Uma fêmea de um ano e meio, chamada Imo, descobriu que lavar as batatas
num rio próximo resolvia o problema. E ensinou o truque à sua mãe. Seus
companheiros também aprenderam a novidade e a ensinaram às respectivas mães.
Aos olhos dos cientistas, essa inovação cultural foi gradualmente
assimilada por vários macacos.
Entre 1952 e 1958 todos os macacos jovens aprenderam a lavar a areia das
batatas-doces para torná-las mais gostosas.
Só os adultos que imitaram os filhos aprenderam este avanço social.
Outros adultos continuaram comendo batata-doce com areia. Foi então que
aconteceu uma coisa surpreendente: No outono de 1958, na ilha de Kochima,
alguns macacos - não se sabe ao certo quantos - lavavam suas batatas-doces.
Vamos supor que, um dia, ao nascer do sol, noventa e nove macacos da
ilha de Kochima já tivessem aprendido a lavar as batatas-doces. Vamos continuar
supondo que, ainda nessa manhã, um centésimo macaco tivesse feito uso dessa
prática.
Então aconteceu!
O acréscimo de energia desse centésimo macaco rompeu, de alguma forma,
uma barreira ideológica!
Mas veja só:
Os cientistas observaram uma coisa deveras surpreendente: o hábito de
lavar as batatas-doces havia atravessado o mar. Bandos de macacos de outras
ilhas, além dos grupos do continente, em Takasakiyama, também começaram a lavar
suas batatas-doces.
Assim, quando um certo número crítico atinge a consciência, essa nova
consciência pode ser comunicada de uma mente a outra.
O número exato pode variar, mas o Fenômeno do Centésimo Macaco significa
que, quando só um número limitado de pessoas conhece um caminho novo, ele
permanece como patrimônio da consciência dessas pessoas.
Mas há um ponto em que, se mais uma pessoa se sintoniza com a nova
percepção, o campo se alarga de modo que essa percepção é captada por quase
todos!
Essa experiência nos proporciona uma reflexão sobre a direção de nossos
pensamentos.
Grupos pensando e agindo numa mesma frequência em várias partes do
Planeta têm as mesmas sensações e acabam fazendo as mesmas coisas sem nunca
terem se comunicado. Isso vale tanto para aqueles que praticam o bem como para
aqueles que usam de suas faculdades para o mal.
O acréscimo de energia, neste caso, pode ser aquela que você está
enviando com o seu pensamento sintonizado na frequência do crime noticiado que
gera comoção geral. Parece coincidência, mas sempre que um crime choca e comove
multidões, de imediato outros fatos semelhantes pipocam em diversos lugares.
Ao invés de indignar-se diante do crime noticiado, direcionando
inconscientemente seu pensamento e sua energia para essas pessoas ou grupos que
se aproveitam dessa energia toda para materializar mais crimes, neutralize com
pensamentos conscientes de amor e perdão.
Mude de canal na TV, vire a página do jornal, saia da frequência e não
alimente ainda mais a insanidade daqueles que tendem para o crime, e, também,
daqueles que lucram com as desgraças alheias.
São todos igualmente insanos, tanto aquele que pratica o crime quanto
aquele esbraveja palavrões de indignação por horas diante das câmeras, criando
comoção e levantando a energia que se materializará nas mãos daquele que está
com a arma já engatilhada.
Gerar material para construir um mundo melhor não requer tanto de
grandes ações, quanto essencialmente grandes blocos de consciência.
É preciso que mais gente se sintonize na frequência e coloque aquele
acréscimo de energia que pode gerar uma nova consciência em outros grupos, em
outras partes do Planeta.
Se cada um de nós dedicar alguns minutos todos os dias para
meditar,entrando em sintonia com a frequência do amor, basta para mudar muitas
coisas desagradáveis acontecendo em nosso Planeta e criar uma nova consciência.
Seja você também um "centésimo macaco" - para o bem!
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