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CÂMARA EXTERNA - ROSACRUZ

terça-feira, 28 de junho de 2016

"OITO GRAUS DA CARIDADE"


Para que os Amados Irmãos possam analisar e meditar sobre suas ações
filantrópicas, transcrevo a seguir os "Oito graus da Caridade", idealizados 
por Maimónides, filósofo israelita do século XII:

1. Na caridade existem oito graus. O primeiro, o mais baixo, é o que 

consiste  em dar, porém, com má vontade. Esta é a dádiva da mão, nunca 
do coração;

2. O segundo é aquele em que se dá com prazer, não sendo a dádiva 

proporcional, entretanto, às necessidades daquele que sofre;

3. O terceiro, quando se dá de boa vontade e proporcionalmente às 

necessidades  do pobre, quando se é solicitado para isso;

4. O quarto, quando se dá espontânea e proporcionalmente às 

necessidades do que sofre, entregando-lhe, porém, nas mãos e 
provocando por esse meio a dolorosa emoção da vergonha;

5. O quinto consiste em dar de forma tal que o humilde recebe a esmola 

conheça seu benfeitor, sem que este chegue a conhecê-lo. Essa foi a 
conduta  de nossos antepassados, que pregavam moedas nas 
extremidades de suas capas, onde o pobre "as" recolhia sem ser visto;

6. O sexto que é da mais alta significação moral, é aquele no qual se 

conhece  pessoa que recebe a esmola sem que esta conheça o doador. 
Esta foi a norma observada por aqueles que tinham o costume de levar 
seus donativos aos necessitados, tendo o cuidado de não se fazer 
conhecer;

7. O sétimo grau, ainda mais meritório, consiste em socorrer sem que 

benfeitor seja conhecido do necessitado, sem que este o conheça, tal 
como ocorria durante a existência do Templo. Nesse lugar de devoção 
existia um lugar especial denominado esmoler. Em seu interior, as almas 
caritativas depositavam suas esmolas, indo os pobres recolhê-las com 
igual segredo;

8. Finalmente, o oitavo e mais meritório de todos, consiste em antecipar

caridade, evitando a pobreza, seja ajudando seu semelhante com uma 
boa concessão ou uma apreciável quantia, ou ensinando-lhe um ofício, 
de modo que possa ganhar a vida de maneira honesta, evitando a terrível 
necessidade de estender a mão à caridade pública. Este é o mais alto grau
da escada de ouro da caridade.

Seja como for do primeiro ao oitavo grau o mais importante é praticar a 

caridade, se possível passando de um grau ao superior. É obrigação 
Martinista a pratica da benemerência, em qualquer grau.


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