MANDALAS
Por Loretta C. Williams, SRC
Mandala é uma palavra sânscrita e significa círculo. Caracterizadas por um centro, simetria e pontos cardeais, as mandalas são imagens circulares – desenhadas, pintadas, modeladas.
A mandala mais simples consiste em um círculo com um ponto no centro. Para os egípcios, isto simbolizava o Sol vivificante e o Universo. Também se utilizam círculos inscritos em outros círculos, triângulos e quadrados. Belas cores são usadas harmoniosamente.
Desenhos de mandalas têm existido desde os tempos imemoriais, em todas as religiões e entre todos os povos.A mandala é um símbolo universal e essencial de integração, harmonia e transformação. A união de devoção, conhecimento e beleza é um aspecto importante da mandala, que lhe permite transmitir um ensinamento à pessoa receptiva.
O princípio da mandala está situado no seu centro, de onde emana a energia criadora de formas.O centro esotérico é sempre eterno e a energia se mantém por transformação. O centro é supremo, ocupa a posição inicial, o interior da figura concêntrica, que se irradia para fora. A Lei do Centro é um princípio básico da natureza. O centro é uma fonte de poder e energia, sabedoria e vida, continuamente irradiando sua força e, além disso, está em renovação contínua. A Lei do Centro é uma constante nas mandalas; é a origem, princípio de todas as formas e de todos os processos. Tudo tem um centro; toda a vida, todas as diversidades emanam de um centro. Qualquer que seja o caminho seguido, ele sempre leva de volta ao eterno centro. O interior de cada ser humano é o mesmo centro da mandala. Há, verdadeiramente, um único ponto de que toda a vida recebe sua energia, qualquer que seja a variedade de manifestações exteriores.
Observamos mandalas por toda parte, na natureza: na célula, no olho, no fungo, na cristalografia – flocos de neve, gelo, cristais minerais – no corte de uma árvore ou de um galho, na teia de aranha, em padrões como o do retículo cristalino do tungstênio e o padrão de difração de raio X do berílio, no corpo humano e no universo.
Muitas coisas feitas pelo homem representam mandala. As tendas dos índios são circulares e, numa aldeia, estão dispostas em círculo. Outros bons exemplos são mapas astrológicos, e as janelas com vidros coloridos, das catedrais góticas. Os ciclos de toda vida são reunidos em padrões concêntricos. O homem pode ser considerado como microcosmo, com o fluxo de energia passando pela “mente” inerente a cada centro psíquico.
Assim como no interior, é no exterior. A suprema energia se irradiando do centro, é refletida na vida criativa, exterior, do homem.Esse poder se infundirá no Ser, tão abundantemente quanto ele o permita. O indivíduo está concedendo sua permissão, consciente e deliberadamente, quando se harmoniza com o Centro e roga essa Luz que inunde o seu ser.
A Ordem Rosacruz nos ensina muitos exercícios com o uso do círculo – como expandirmos nossa consciência, para o exterior assim como para o interior. “Medita, em serenidade, e apercebe-te de EU SOU DEUS!” A aventura da mandala conduz a uma nova experiência de júbilo e autopercepção; é uma linguagem universal que unifica os seres numa só fraternidade.
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