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sábado, 2 de novembro de 2019

UM LUGAR PARA OS JUSTOS - URCI - - Universidade Rose-Croix Internacional


Julgamento Tribunal de Osíres - papiro
UM LUGAR PARA OS JUSTOS: 
n
concepção de vida além-túmulo 
dos Antigos Egípcios

Shara Lorena Gritten Mello

No Egito Antigo sempre houve uma preocupação com a vida além-túmulo, muitas concepções foram construídas ao longo de três mil anos de história. Na crença egípcia acreditava-se que o ser humano era dividido em partes físicas e não físicas, no momento da morte elas se separavam e voltariam a se reunir no outro mundo. As partes físicas eram: O corpo físico (Ket), a sombra (Shut), o nome (Ren) e o coração (Ib).As partes não físicas: A força vital (Ka), princípio da mobilidade (Ba) e o princípio da imortalidade (Akh).

Uma das concepções de vida após a morte bastante presente no contexto funerário dos faraós dizia que após a morte,o defunto se juntaria ao deus Rá em sua barca, ajudando-o a vencer a serpente Apep a qual enfrentaria todas as noites. Com a vitória, o sol poderia renascer em um novo dia.

Com as dinastias do Reino Médio (2050-1750 a.C.) as práticas funerárias se popularizaram e a mumificação tornou-se acessível a todas as pessoas. A concepção mais aceita pelos antigos egípcios, a partir desse momento, foi a de uma vida eterna no Paraíso Agrário de Osíris.

A morte não era o fim para os antigos egípcios.O maior medo era se tornar um morto para sempre. Isso aconteceria quando o egípcio não era justo em vida e infringisse uma das 42 regras de Maat. Para assegurar que o defunto se juntaria a Osíris, ele deveria passar por um julgamento que aconteceria na Sala das Duas Verdades. O morto seria guiado pelo deus Anúbis, que através da magia, o coração (Ib) seria retirado para a pesagem. O coração era uma das partes mais importantes para o egípcio, pois era a consciência. De um lado da balança seria depositado o coração e do outro estaria a pena de Maat (símbolo da verdade e da justiça). A sentença era dada e os resultados eram anotados pelo deus Toth. Se fosse positivo, o morto se juntaria ao deus Osíris e viveria eternamente nos campos de Aaru (Paraíso Agrário). Se negativo, o coração do defunto seria devorado pela deusa Âmit, divindade com corpo de leão, pernas de hipopótamo e cabeça de crocodilo. Assim, o morto desapareceria, pois para os egípcios eram necessária todas as partes para renascer no outro mundo. Por esse motivo, muitos amuletos e fórmulas mágicas foram produzidos para assegurar que o coração não se virasse contra seu dono, garantindo a boa passagem do morto para o além.

URCI - Universidade Rose-Croix Internacional

Cruz Ansata
Escaravelho 


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