“Uma lebre, perseguida pela águia, pediu refúgio na casa de um besouro. O
besouro, valente e generoso, decidiu defender a lebre e disse à águia: ‘Em nome
de Júpiter, você deve respeitar o direito de exílio. A lebre agora é minha
hóspede.’ Ignorando a argumentação, a águia jogou o besouro a um lado e devorou
a lebre de imediato. Magoado, o besouro decidiu não dar trégua à opressão da
águia. Ele foi até o ninho da águia e jogou os ovos dela no chão, um a um. Não
havia nisso uma vingança pessoal, mas uma luta em favor dos mais fracos. A
águia construiu um segundo ninho, bem mais alto, mas o besouro foi até lá e
repetiu a operação. Diante disso, a águia procurou Júpiter para buscar um
acordo com o besouro. O chefe dos deuses tentou acalmar o besouro, mas foi
inútil. Pediu a ele que pensasse em uma conciliação, e a ideia foi rejeitada. O
último recurso encontrado por Júpiter para evitar a extinção da águia foi mudar
a época da sua reprodução para uma estação do ano em que os besouros não estão
em atividade.”
Moral da história:
“o carma do abuso de poder é pesado, e os opressores
cedo ou tarde devem reencontrar-se com a justiça e o equilíbrio.”
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