VERBO
SER
Por Vicente Cassimiro, FRC
Fecho os
olhos.
Medito.
Busco o
âmago das coisas,
à
procura do Ômega inefável:
Alfa,
Beta, gama, Delta, Theta...
Tímidamente,
a luz da consciência
ilumina o
meu vazio,
como uma
estrela remota,
ou um
grão de poeira luminosa,
que
banha o meu olhar com suave lampejo.
Mergulho
nas águas primordiais.
Vou
buscar a raiz, o princípio,
a
semente das formas,
que
dormia no abismo,
à espera
do sopro.
Escuto o
bocejar dos céus, nos vendavais sidéreos.
Sou
cometa errante,
célula
que costura o corpo da galáxia,
cruzando
o espaço interastral.
As
moradas que vi revelam-me um segredo
que
inclui a minha origem:
Eu sou
um pensamento
que
vestiu o pó das esferas
e sobe
em espiral, de volta à fonte.
Em meu
corpo,
a poeira
de mil astros
sofre a
nostalgia do lar distante,
depois
da aventura milenar, rumo à vida
o aqui
de toda parte está em mim
e o
agora de sempre me pertence.
Sou
filho do Infinito,
carbono
que provém do ventre de uma estrela
e que
cruzou os céus na noite milenar,
nas asas
do mistério que eu mesmo sintetizo.
Sou água
que lavou o umbral da Química,
à
procura da vida.
Sou o
livro de todos os arcanos,
código
que contém as leis da Criação
e
os segredos do Ser.
Guardo a
memória do tempo
e as
dimensões do espaço
e tenho
respostas ao futuro,
embora
as não conheça.
Sou o
encontro de muitas dimensões.
Possuo a
quinta essência do Universo,
concebida
num sopro.
Meu lar
é o espaço cósmico,
ou uma
estrela, quem sabe, remota (?)
para
onde voarei um dia,
cavalgando
meu sonho-Eternidade!
do Escritor - Vicente Cassimiro FRC
Fráter Vicente Cassimiro membro do Capítulo R+C - Vitória da Conquista/Ba |
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