O SINAL DA CRUZ
Samuel Rittenhouse
Há
várias dezenas de espécies de cruz. A cruz é um símbolo arcaico e que antecede
o cristianismo. Está presente em praticamente todas as culturas do mundo.
Talvez a Tau antiga, a cruz em forma de T, usada pelos egípcios e fenícios,
seja a mais antiga de todas. Há, ainda, a Cruz Ansata, a Céltica, a Grega, a
Budista etc.
A cruz é
formada do ponto, que se expande em duas direções, formando linhas que se
cruzam, que representam dois estados ou condições: a matéria e o espírito. A
linha horizontal representa a primeira, a vertical o último. Este é o conceito
da dualidade expresso pela cruz.
Além da
dualidade, a cruz simboliza o surgimento de uma terceira condição pela união
dos contrários. Onde as duas linhas se cruzam na cruz, surge uma nova
manifestação. Assim, a cruz também ensina que muitas coisas unitárias são o
resultado da união de duas energias dessemelhantes. A união do espírito e da
matéria faz surgir, no ponto onde os dois cruzam-se na cruz, a consciência de
uma nova condição.
O
símbolo místico dos Rosacruzes é uma cruz com uma única rosa vermelha no
centro. A cruz simboliza o corpo material e as provas terrenas. A rosa
simboliza a consciência humana evoluindo por meio dessas mesmas provas, rumo à
perfeição final.
É
interessante saber que a palavra “rosa” nos dicionários primitivos era
explicada como tendo sua raiz na palavra “rocio”, um eflúvio especial usado
pelos alquimistas medievais para fins de purificação. Unidos, a rosa e o rocio
simbolizam o despertar de uma consciência que transcende o nível objetivo e se
remete a uma dimensão cósmica e infinita, fazendo de seu possuidor um
“iluminado”. A partir daí, a rosa não precisa mais da cruz para evoluir.
Fonte: www.amorc.org.br
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