O SINAL DA CRUZ
Samuel Rittenhouse
Há
várias dezenas de espécies de cruz. A cruz é um símbolo arcaico e que antecede
o cristianismo. Está presente em praticamente toda as culturas do mundo. Talvez
a Tau antiga, a cruz em forma de T, usada pelos egípcios e fenícios, seja a
mais antiga de todas. Há, ainda, a Cruz Ansata, a Céltica, a Grega, a Budista
etc. A Suástica, popularizada de forma muito negativa na Segunda Guerra, é
muito antiga, talvez mais antiga ainda que a Cruz Tau, e é usada de várias
formas nas culturas hinduísta e budista, bem como encontrada entre os índios
norte-americanos. O significado original desse tipo de cruz é o movimento
cósmico ou energia criativa universal. Nada tem a ver com a ideologia perversa
do nazismo, que se apropriou dela e a deformou.
A
cruz é formada do ponto, que se expande em duas direções, formando linhas que
se cruzam, que representam dois estados ou condições: a matéria e o espírito. A
linha horizontal representa a primeira,
a vertical o último. Este é o conceito
da dualidade expresso pela cruz.
Além
da dualidade, a cruz simboliza o surgimento de uma terceira condição pela união
dos contrários. Onde as duas linhas se cruzam na cruz, surge uma nova
manifestação. Assim, a cruz também ensina que muitas coisas unitárias são o
resultado da união de duas energias dessemelhantes. A união do espírito e da
matéria faz surgir, no ponto onde os dois cruzam-se na cruz, a consciência de uma
nova condição.
O símbolo místico dos Rosacruzes é uma cruz com uma única rosa vermelha no centro. A cruz simboliza o corpo material e as provas terrenas. A rosa simboliza a consciência humana evoluindo por meio dessas mesmas provas, rumo à perfeição final.
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