Manoel Bernardo Vieira – FRC
Normalmente o indivíduo tende a acreditar que determinados
locais possuem um poder especial que o auxiliam a atingir a paz e a
tranquilidade; esses locais serviriam ainda como fonte de socorro nos momentos
de angústia e desespero extremos.
É verdade que existem locais dessa natureza; é verdade
também que muitas vezes tais locais são os únicos que conseguem ser o cajado de
sustento na caminhada da vida em busca de respostas para questões que teimam em
fugir. Contudo, o que não é menos verdadeiro, mas não é pensado ou lembrado, é
que tais locais só são o que são graças aos frequentadores destes locais tão
especiais, ao longo do tempo.
Estes locais podem receber denominações das mais variadas
conforme a cultura, ambiente e as pessoas que os frequentam. Aqui eles serão
chamados de Templos, o que não os qualifica de nenhuma forma, porque o que
realmente importa é que são as pessoas que imantam estes locais com suas
energias. São as forma-pensamento que tornam os Templos tão especialmente
energizados, a ponto de alguém desequilibrado bastar refugiar-se neles para
que, como num passe de mágica, uma onda de tranquilidade o envolva.
O importante é saber que cada indivíduo possui em si o seu
verdadeiro e mais importante Templo, que para se distinguir dos Templos
edificados será chamado de Eu Interior. Cada indivíduo com seu Eu Interior cria
no ambiente onde habitualmente pratica suas meditações, as condições
necessárias a uma “carga rápida” para os momentos emergenciais. A principal
barreira para se acreditar no Eu Interior é que, para muitos, por questão
cultural, o único local para a prática da meditação é o Templo.
Os Templos são o reflexo dos grupos que os frequentam e a
energia aí gerada é a do conjunto, onde o indivíduo é influenciado e influencia
com a sua vibração. De forma genérica, a energia criada pelo conjunto é muito
mais potente que a individual. Porém, na vida, há situações em que o necessário
não é o poder da energia coletiva, mas a boa qualidade de energias específicas
que podem ser geradas individualmente.
Nestes momentos, é até possível que cada um dos membros do
grupo tenha a capacidade de gerar essa energia necessária. Mas será importante
que cada um, individualmente, se recolha para criar e qualificar no seu Eu
Interior essa energia. Porque só tendo consciência, só acreditando no Eu
Interior, é que o indivíduo será capaz de produzir energias com qualidades
específicas necessárias à aplicação em situações também específicas.
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