OS PERIGOS DA LAMENTAÇÃO
Adilson Rodrigues, F.R.C.
Aprendemos muitas coisas nesta vida com os nossos pais e orientadores. Na verdade, é na infância que aprendemos certos padrões de pensar, falar e reagir. A satisfação de viver e curtir a vida talvez se constitua num dos mais formidáveis aprendizados que devemos vivenciar. Todavia, com frequência observamos pessoas insatisfeitas, aborrecidas e mal-humoradas.
A insatisfação pode acarretar o desenvolvimento do nosso lado crítico e intolerante. As consequências são muito negativas. Não ouso dizer que tudo que aprendemos é influência dos pais. Existem forças externas, assim como forças internas, nos estimulando.
Mas falemos da lamentação. Ela também é um problema de aprendizado? Uma influência externa? Você quando lamenta está imitando a mãe, o pai, ou os avós? É claro que a lamentação manifesta insatisfação, mas ela pode ser um hábito, e a pessoa nem percebe que está lamentando. Chamamos isto de uma atitude inconsciente.
Neste estágio de vítimas, coitadinhas, as pessoas podem correr um outro risco: o de se sentirem crianças dependentes. Este estágio leva a pensarem: “por favor, façam por mim a minha vida.” Que perigo!!! Devemos mobilizar nossas forças e potencialidades para vivermos nossa vida, para apreciar a vida, e não a apressar.
Outro grande risco da lamentação é esperarmos dos outros o conforto. Quando lamentamos podemos, inconscientemente, esperar uma palavra de apoio, uma palavrinha de força e esperança. Esperar dos outros sempre é um risco. E se esta palavrinha de apoio não vier?