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domingo, 27 de maio de 2018

O Grito do Shofar


O Grito do Shofar
                                                             
                                        Por Eli Friedman

Uma parábola do Rabi Israel Baal Shem Tov:

Um rei tinha um único filho, sua joia. O rei queria que o filho dominasse diferentes campos de conhecimento e vivenciasse muitas culturas, portanto enviou-o para um país distante, abastecido com uma enorme quantia em ouro e prata.

Longe de casa, o filho gastou todo o dinheiro até que ficou completamente destituído. Em seu desgosto, resolveu voltar para a casa do pai e após muita dificuldade, conseguiu chegar ao portão do palácio real.

Com a passagem do tempo, ele tinha esquecido o idioma de seu país natal, e foi incapaz de identificar-se para os guardas. Em profundo desespero, começou a gritar numa voz muito alta, e o Rei, que reconheceu a voz do filho, foi até ele e o levou para dentro, beijando-o e abraçando-o.

Moral da parábola:

O Rei é D'us. O príncipe é o povo judeu, chamado de “Filhos de D'us (Devarim 14:1). O Rei envia uma alma a este mundo para cumprir Torá e mitsvot. No entanto, a alma fica muito distante e se esquece de tudo a que estava acostumada lá no alto, e no longo exílio esquece sua própria “linguagem”. Portanto dá um simples grito ao seu Pai no Céu. Este é o toque do shofar, um grito profundo e interior, expressando arrependimento pelo passado e determinação para o futuro. Este grito clama por D’us misericordioso, e Ele demonstra sua afeição pelo Seu filho e o perdoa.


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