O Grito do Shofar
Por Eli Friedman
Uma parábola do Rabi Israel Baal Shem Tov:
Um rei tinha um único filho, sua joia. O rei queria que o filho dominasse diferentes campos de conhecimento e vivenciasse muitas culturas, portanto enviou-o para um país distante, abastecido com uma enorme quantia em ouro e prata.
Longe de casa, o filho gastou todo o dinheiro até que ficou completamente destituído. Em seu desgosto, resolveu voltar para a casa do pai e após muita dificuldade, conseguiu chegar ao portão do palácio real.
Com a passagem do tempo, ele tinha esquecido o idioma de seu país natal, e foi incapaz de identificar-se para os guardas. Em profundo desespero, começou a gritar numa voz muito alta, e o Rei, que reconheceu a voz do filho, foi até ele e o levou para dentro, beijando-o e abraçando-o.
Moral da parábola:
O Rei é D'us. O príncipe é o povo judeu, chamado de “Filhos
de D'us (Devarim 14:1). O Rei envia uma alma a este mundo para cumprir Torá e
mitsvot. No entanto, a alma fica muito distante e se esquece de tudo a que
estava acostumada lá no alto, e no longo exílio esquece sua própria
“linguagem”. Portanto dá um simples grito ao seu Pai no Céu. Este é o toque do
shofar, um grito profundo e interior, expressando arrependimento pelo passado e
determinação para o futuro. Este grito clama por D’us misericordioso, e Ele
demonstra sua afeição pelo Seu filho e o perdoa.
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