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domingo, 10 de julho de 2016

ESTUDO DA CABALA (13ª semana) TERCEIRO PRINCÍPIO ESPIRITUAL DA CABALA - Parte 4

09 a 16/07/2016

A NATUREZA DE DEUS 

Considere um copo vazio. O que acontece quando você o enche com água quente? O próprio copo se esquenta. Isto é análogo ao que aconteceu no Mundo Infinito. À medida que a Luz enchia o Receptor, os atributos da Luz eram transmitidos. Podemos até dizer que o Receptor herdou a natureza do seu Criador. Essa natureza herdada é o poder de criar plenitude, de dar plenitude, e de desempenhar um papel ativo e causal no processo em andamento da Criação Eterna 


 O NASCIMENTO DE UM NOVO DESEJO 

O Receptor herdou a natureza da Luz e, por conseguinte, um novo desejo surgiu dentro do Receptor. Esse novo desejo era um anseio de expressar aquilo que pode ser chamado de o DNA do Criador. Especificamente, o Receptor queria: 
• Ser a causa da sua própria felicidade.
 • Ser o criador de sua própria plenitude. • 
Compartilhar plenitude. 
• Controlar os seus próprios assuntos. 
A plenitude infinita foi a razão pela qual o Receptor foi criado, em primeiro lugar. No entanto, devido ao fato de que o Receptor não podia expressar os seus "genes do Criador", o Receptor não sentia mais plenitude infinita. Existia um único desejo que permanecia insatisfeito, e isto era um grande problema.


O PÃO DA VERGONHA 

Pão da Vergonha é o termo da Cabala para todos os terríveis sentimentos. É uma antiga expressão cabalística que expressa todas as emoções negativas que acompanham um sucesso não merecido. Diz-se de um homem abandonado pela sorte, que se vê obrigado a aceitar a caridade dos outros, que ele está comendo o Pão da Vergonha. Ele possui um desejo profundamente enraizado de ganhar o dinheiro de que precisa para comprar o seu próprio pão. Deseja desesperadamente estar numa situação em que possa alimentar e sustentar a si próprio.

 O RECEPTOR TINHA TUDO NO MUNDO INFINITO, EXCETO UMA COISA: 

A capacidade de fazer por merecer e de ser a causa de sua própria satisfação! Desta forma, o Pão da Vergonha impedia o Receptor de sentir uma felicidade absoluta. Esta situação certamente não era a intenção ou o pensamento por trás da Criação. Havia somente uma opção: Remover o Pão da Vergonha. Mas como? 


O DILEMA

 Enquanto o Receptor não fizesse mais do que simplesmente receber, permaneceria infeliz. Então, o que o Receptor podia fazer para eliminar todos esses sentimentos péssimos conhecidos como Pão da Vergonha? Compartilhar não era uma opção, já que não havia nada com que compartilhar. Havia somente a Luz e o Receptor unificados no Mundo Infinito. Talvez o Receptor pudesse compartilhar com a Luz? Uma ideia louvável, porém a Luz não tinha desejo de receber. A Luz é ela própria uma força infinita de compartilhar Energia. A Solução:
O Receptor parou de receber a Luz. A Luz permanece inalterada e sempre pronta a doar.
O Receptor repeliu a Luz, resistiu à Luz, e disse: "Chega! ״ Neste exato momento ocorreu uma explosão espiritual — uma explosão que continua reverberando até hoje. Os cientistas detectaram o eco cósmico desta explosão e o batizaram... de Big Bang!!! 


RESISTÊNCIA 

Os antigos cabalistas chamaram o ato do Receptor de repelir a Luz de Resistência. Esta palavra irá aparecer novamente, então por favor lembre-se dela. No momento em que o Receptor resistiu a ser preenchido pela Luz, a Luz se retirou e criou um espaço vazio. A Luz se constringiu, criando um ponto único de escuridão dentro do Mundo Infinito. O infinito tinha dado vida ao finito.


 O BIG BANG 

A ideia de que os antigos cabalistas compreendiam que a explosão de um Big Bang tinha dado início ao nosso universo é no mínimo intrigante. Esse Bang foi de fato confirmado pelo satélite COBE da NASA há apenas poucos anos. 

 A ciência, concentrada no como da realidade física, carece de meios para entender a significância espiritual de por que ocorreu o Big Bang. Ainda assim, é interessante comparar como a antiga Cabala e a física do século XX descrevem o início de nosso universo. As semelhanças são extraordinárias.


CIÊNCIA MODERNA 

Há aproximadamente 15 bilhões de anos, antes de o universo vir à existência, não havia nada. Não havia o tempo. Não havia espaço. O universo começou num único ponto. Este ponto era cercado pelo nada. Não tinha largura. Não tinha profundidade. Não tinha comprimento. Este ponto irrompeu numa explosão de força inimaginável, expandindo-se à velocidade da luz como uma bolha. Essa energia por fim se resfriou e se aglutinou, transformando-se em matéria — em estrelas, galáxias e planetas. Todo o Universo está em expansão e se afasta constantemente no Centro da Explosão.


CABALA 

Dos escritos do cabalista do século XVI, Rabi Isaac Luria O universo foi criado do nada a partir de um único ponto de luz. Esse nada é chamado de Mundo Infinito. O Mundo Infinito era preenchido com Luz infinita. A Luz foi então restringida a um único ponto, criando o espaço primordial. Além deste ponto nada é conhecido. Sendo assim, o ponto é chamado de início. Depois da Resistência, o Mundo Infinito emitiu um raio de Luz. Esse raio de Luz então rapidamente se expandiu. Toda a matéria emanou deste ponto. 


O NASCIMENTO DE UM UNIVERSO 

Ao resistir à Luz, o Receptor deu um pequeno primeiro passo rumo à eliminação do Pão da Vergonha. Como um pai carinhoso que se afasta e permite que a criança caia para que, assim, ela aprenda a andar, a Luz se retirou no instante em que o Receptor disse: "Agradeço, mas não, obrigado. Eu gostaria de aprender por mim mesmo a criar e a compartilhar um pouco de Luz. " A Luz deu ao Receptor o tempo e o espaço para que pudesse desenvolver a sua própria natureza divina. O tempo e espaço dado ao Receptor é o nosso universo físico. 


UMA CORTINA DE DEZ DIMENSÕES 

Para ocultar a Luz flamejante do Mundo Infinito — e para criar o pequeno ponto no qual o nosso universo viria a nascer — uma série de dez cortinas foram erigidas. Cada cortina sucessiva reduzia mais a emanação da Luz, transformando gradualmente o seu brilho, até quase chegar à escuridão. Essas dez cortinas criaram dez dimensões distintas. Em hebraico, elas são chamadas de Dez Sefirot, ou de Árvore da Vida. Keter, a dimensão superior, representa o nível mais alto, mais próximo ao Mundo Infinito. Malchut, localizada na base, denota o nível mais baixo, o nosso universo físico, onde a Luz Infinita é mais fraca 


O PODER DA ESCURIDÃO

 Uma vela acesa não emite luz nenhuma se ao fundo estiver um dia de sol brilhante. Mas num estádio de futebol escuro, até mesmo uma única vela é claramente visível. Da mesma forma, o Receptor era incapaz de criar e de compartilhar num âmbito que já irradiava Luz. Era essencial que uma área de escuridão viesse a existir para nos transformar de recebedores passivos em seres que genuinamente fizeram por merecer e criaram a sua Luz e a sua plenitude. Este é o propósito das cortinas. A única Luz que resta em nosso universo obscurecido é uma "luz piloto" que sustenta a nossa existência. Esta "luz piloto" é a força de vida da humanidade; a força que dá vida a estrelas, que sustenta sóis e coloca tudo em movimento — desde corações batendo, passando por galáxias em redemoinho, até industriosos formigueiros.


DESMONTANDO O QUEBRA-CABEÇA 

Um quebra-cabeça só pode ser um quebra-cabeça se existe espaço separando as peças individuais e se existe um tempo dado para remontá-lo. O Mundo Infinito é um âmbito sem tempo e espaço; por isso a Luz tinha que criar esses conceitos. Isto ocorreu automaticamente quando a Luz foi ocultada pelas dez cortinas. Escurecer a Luz significava obscurecer seus verdadeiros atributos: Se existe Luz de um lado da cortina, a escuridão deve se materializar do outro lado quando uma cortina bloqueia a Luz. Da mesma forma, se a ausência de tempo é a realidade de um lado da cortina, a ilusão do tempo é criada do outro lado. Se existe ordem perfeita de um lado da cortina, existe caos na outra dimensão. Se existe totalidade e unidade absoluta em um lado da cortina, há então espaço e as leis da física do outro lado. Se Deus é uma realidade e verdade evidente de um lado da cortina, a ausência de Deus e o ateísmo são a realidade do outro lado. Sendo assim, num certo sentido, os ateus estariam corretos em seu ponto de vista de que não existe nenhum Deus. Entretanto, nosso objetivo singularmente humano neste mundo é transcender o nosso âmbito do 1 por cento e descobrir uma verdade mais elevada, e este é o assunto deste livro. Você começa a perceber a figura? Bem-vindo ao nosso mundo de escuridão! Mas ganhe coragem, porque, na realidade, a Luz ainda está aqui. Cubra uma lâmpada com muitas camadas de tecido e o quarto acabará ficando escuro. Mas a lâmpada continua brilhando como sempre. A intensidade de luz não mudou. O que mudou foi o tecido que cobriu a luz. A Cabala nos ensina como remover as camadas de tecido, um pano de cada vez — para remontar o quebra-cabeça da Criação e trazer sempre mais Luz para as nossas vidas.
Fonte: O Estudo da Cabala - Maria Diva Ogeda - SRC
Aguarde próxima semana:Parte 5 
Leia também:
O SEGUNDO PRINCÍPIO ESPIRITUAL DA CABALA
e 1ª a 12ª semanas


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